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GUAJARAMIRENSE: Agora se chama “ELLA”, ex-cantor gospel Jotta A mostra resultado final de transição após cirurgia de feminização

Cantora trans de 25 anos também colocou silicone nos seios nasceu em Guajará-Mirim.


Ex-cantor gospel Jotta A, que agora se chama Ella, mostrou nesta quarta-feira, 7, o resultado final do seu processo de transição. A cantora trans de 25 anos divulgou nas redes sociais a primeira imagem do seu novo trabalho e mostrou pela primeira vez como está seu visual após passar por uma cirurgia de feminização e colocar silicone nos seios, em março deste ano. Desde então, ela estava reclusa trabalhando no seu novo projeto musical.

“É música nova que vocês queriam? É música nova que vocês vão ter. Pesadona”, postou ela na legenda, voltando às redes sociais em grande estilo.

Ella começou o processo de transição de gênero há dois anos, durante a pandemia de Covid. Em fevereiro, a cantora mudou de nome no civil, passando a se chamar Ella Viana de Holanda.

Um mês após mudar o gênero e nome, a artista passou por uma cirurgia de feminização, em que realizou procedimentos para contorno dos ossos, recontorno da testa e intervenções no nariz, além de colocar próteses de silicone nos seios.

Ella ficou conhecida ao vencer a competição de calouros do “Programa Raul Gil” quando era criança. Posteriormente, ela assinou com uma gravadora gospel e lançou alguns álbuns no segmento. Em 2014, o disco “Geração Jesus”, do ano anterior, foi indicado ao Grammy Latino.

A artista assumiu publicamente ser mulher trans em abril de 2022, dois anos após deixar a carreira gospel. “Recomeçar não é fácil, mas estou feliz por estar vivenciando todo esse processo. Feliz em ter tantas pessoas que me apoiam e acreditam em mim nessa nova etapa”, disse ela, na ocasião.

Em março, ela falou sobre o processo de transição em um vídeo divulgado pela clínica responsável por fazer os procedimentos estéticos na artista.

“Minha transição de gênero começou na pandemia, mas primeiro eu me assumi como uma pessoa LGBTQIA+. E como eu venho de uma família muito religiosa, então, foi bem difícil essa transição, primeiro essa autoaceitação. Assim que eu fiz a transição, o primeiro passo foi a terapia hormonal. Foi bem legal”, contou.

“Me acho uma mulher corajosa. Acho que o meu corpo a cada fase se comporta de uma maneira. A leitura de gênero pode se manifestar desde que você é criança. Eu, quando criança, já me olhava e me imaginava uma maneira. Eu me vejo além de uma maneira da que eu já sou”, completou.

No vídeo, Ella também relembrou sua origem em Guajará-Mirim, Rondônia: “Comecei a minha vida num lugar muito pequeno, muito simples. (…) Como eu cresci na igreja, eu me privava muito de me autoconhecer, eu tinha toda a questão de conservadorismo ao meu redor, que me impedia de me vestir, de me expressar. Mas aí, quando a mamãe saia, eu botava um lenço na cabeça, um salto dela, e me divertia em casa sozinha”

“Tudo isso gera impacto nas nossas vidas, pois são lembranças que para sempre vão ficar, de como foi o processo. Hoje eu estou vivendo uma fase de ser livre, de sair do casulo, mas jamais eu posso esquecer de todo aquele momento de aprisionamento e ao mesmo tempo de escola, de você aprender a, mesmo você não tendo um cabelo, uma roupa que você quer, você já se sentir mulher. Essa questão de você ser mulher não tem a ver como você se expressa somente, mas, sim como você se sente”, disse.

Fonte: Extra.globo com Rota Guajará.

instagram @rotaguajara


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